segunda-feira, 6 de maio de 2013

POR TODAS AS VEZES EM QUE NÃO CONSEGUI FALAR


Por todas as vezes em que não consegui falar
Por todas aqueles momentos em que me senti - só
Por todos os sentimentos que não foram demonstrado
Peço agora um minuto da sua atenção.

Que a vida se mostre bela,
ainda que traiçoeira
Que os erros tornem-se lições,
ainda que difíceis
Que a sabedoria possa ser expressada,
ainda que não compreendida
Que o amor nunca deixe de existir,
ainda que possa ferir
Que as pessoas sejam reconhecidas,
ainda que não sejam famosas.

Precisei de um olhar
um gesto de carinho
 uma palavra amiga
mas mais do que tudo
 precisei de uma palavra
forte e verdadeira...
Sei que isso é pouco e precisei de muito mais.

" Melhor do que centenas de árvores, é uma única árvore que dê frutos.
Melhor do que mil palavras, é uma única palavra que diga a verdade. "

Desculpe-me por tanto e pedir e aqui não agradecer.
Gostaria de só mais um pedido
Peço agora um minuto de silêncio.
( grata)

Metamorfose-metamorphosys

valores! homens baratas
valores! irmãs serventes.
valores! mães submissas.
valores! pais, gerentes...
dedetizadores de mentalidade, esculpidos pela sociedade, burguesia capitalista, escravos do mercado, escravos de seus mundos.
Fora! quero gritar! mas minha voz percorre meu corpo no seu ínterim  veias, artérias, órgãos, cavidades, carnes esponjosas...o celoma preenchido pela vibração forte, meu corpo agora, "massa" completa, complexa, vazia, exausta...
O ar. Consegui, pronunciei a palavra  - Bom dia.
Não foi dessa vez. Sinto-me como uma leve bomba prestes a explodir, uma mistura: nitrogênio  água  pressão, fogo, acido, mente, alma e coração; mas o pior: corpo e corpo, a carne com a carne, a infeliz ideia de conviver presa em minha voz.
Insetos. o abdômen dividido e abaulado, o liquido marrom da boca, a mandíbula forte sem dentes, as perninhas descontroladas, a casca dura, as costas infeccionadas como uma maçã pútrida, cicatrizes em meu rosto, feridas pelo corpo.
Sou tudo e nada, um valor pouco valorizado, uma lei infringida  a moral desrespeitada, a ética não comprida. Uma negra névoa branco-escura, atrapalha a visão, cega o atento olhar estarrificado no vazio.
Capital, capitania, capitão, capitalista. Pessoas vendidas, escravos comprados, maquinas exploradas e insetos paralisados em seu submundo privativo e invadido.
O doce aroma do alimento podre, alimenta as forças que restam para movimentar o que não se sabe mais como designar.
O mundo lá fora, por enquanto, corre sozinho, caminha no escuro, segue, segue, cegue... e a vida vai, vai , vai; nada guiado pelo lucro, o capital dos gerentes, dos vendedores, dos compradores.
TUdo continuando. Tudo continuo. O continuado infinito. Até a morte, o descanso, o repouso, e para uns apenas o começo, o amanhecer, primeiro passo do caminhar: da luz para as trevas.
É
a vida de valores, mas qual o valor da vida ?