segunda-feira, 6 de maio de 2013

Metamorfose-metamorphosys

valores! homens baratas
valores! irmãs serventes.
valores! mães submissas.
valores! pais, gerentes...
dedetizadores de mentalidade, esculpidos pela sociedade, burguesia capitalista, escravos do mercado, escravos de seus mundos.
Fora! quero gritar! mas minha voz percorre meu corpo no seu ínterim  veias, artérias, órgãos, cavidades, carnes esponjosas...o celoma preenchido pela vibração forte, meu corpo agora, "massa" completa, complexa, vazia, exausta...
O ar. Consegui, pronunciei a palavra  - Bom dia.
Não foi dessa vez. Sinto-me como uma leve bomba prestes a explodir, uma mistura: nitrogênio  água  pressão, fogo, acido, mente, alma e coração; mas o pior: corpo e corpo, a carne com a carne, a infeliz ideia de conviver presa em minha voz.
Insetos. o abdômen dividido e abaulado, o liquido marrom da boca, a mandíbula forte sem dentes, as perninhas descontroladas, a casca dura, as costas infeccionadas como uma maçã pútrida, cicatrizes em meu rosto, feridas pelo corpo.
Sou tudo e nada, um valor pouco valorizado, uma lei infringida  a moral desrespeitada, a ética não comprida. Uma negra névoa branco-escura, atrapalha a visão, cega o atento olhar estarrificado no vazio.
Capital, capitania, capitão, capitalista. Pessoas vendidas, escravos comprados, maquinas exploradas e insetos paralisados em seu submundo privativo e invadido.
O doce aroma do alimento podre, alimenta as forças que restam para movimentar o que não se sabe mais como designar.
O mundo lá fora, por enquanto, corre sozinho, caminha no escuro, segue, segue, cegue... e a vida vai, vai , vai; nada guiado pelo lucro, o capital dos gerentes, dos vendedores, dos compradores.
TUdo continuando. Tudo continuo. O continuado infinito. Até a morte, o descanso, o repouso, e para uns apenas o começo, o amanhecer, primeiro passo do caminhar: da luz para as trevas.
É
a vida de valores, mas qual o valor da vida ?

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