quinta-feira, 25 de agosto de 2011





Sonhei q resolvia tudo do meu jeito....

- bang, bang




sábado, 20 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

As mulheres doloridas

As mulheres doloridas
sentem ânsia,
anseiam e sentem.
Têm na graça
a ironia de não ha terem.


Ficam pálidas e imóveis
jurando ser a última vez.
Úmidas talvez
entre os móveis
elas deixam que entrem.
Entre poucas opções,
entrem...


Graciosas como bailarinas,
movimentam-se freneticamente,
esticam-se,
contraem-se,
enroscam-se,
abrem-se...


Tudo pára de repente.
A valsa acabou.
A bailarina enxuga o suor
e o gozo alheio
vê um passo não ensaiado,
e fecha as pernas em meio ao estertor.


Kat

Quatro paredes molhadas

Declamo minha poesia
como quem canta uma canção.
Eu leio sobre putas,
que não sabem cantar,
que não sabem declamar.


Entre as paredes dos quartos
os cheiros se misturam
e os corpos se fundem.
E os corpos se fodem.


Mas no silêncio
da madrugada,
da madrugada no banheiro,
descobrimos a puta artista,
descobrimos a puta cantora,
descobrimos a puta poeta.


E elas declamam suas poesias,
entre quatro paredes molhadas,
e elas cantam suas canções,
entre quatro paredes molhadas.


E elas se descobrem artistas em suas vidas vazias.


Kat.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

frases


as pessoas não são brinquedos.
as pessoas não são vazias.
as pessoas não devem brincar
com o vazio das pessoas.


Kat.

aceita-me


Me deixa partir
que a noite se faz fria!
Meu estertor marcado
sinfonia para as horas seguintes

Os poetas mortos
caminham comigo
esbarram-se entre corpos nus.
E meu corpo incrédulo
se vê dos sentidos aguçados esvair-se.

Ah! ... como são poderosos estes momentos
Nem sabendo que vinho corre em minha veias
sinto a secura da boca
e o desritmado coração

Vem, que te esperei demais!
Carrega a filha bastarda, tomada de dor..
Beija a pálida fronte..
e Aceita-me !

Kat.

mais uma noite... ou menos.


Faço versos loucos e deprimentes. Sim.
Os faço porque essa é a vida. Medíocre e hipócrita - nascer e viver.
Que dias efêmeros meu ser presencia.
Não preciso das roupas, ou comida, nem das pessoas, nem do dia...mas quero a noite!
Mas quero à noite! Vem e me faz tua amante!
Que é pra gozar a despedida,
sentir as cristalinas lágrimas caídas em meu corpo.
Como desejo o momento escuro, em que tomarei sua carne sobre a minha
como um amante...
quero teu sexo...
como um verme...
tua carne pútrida...
Sei do seu passado, pois estou no teu presente.
Darei seu futuro, nessa sombria estação
viverás minha primaavera dissoluta.
Vem beber da fonte,
o vinho adocicado
néctar da vida
e comungar meu sofrimento.


Kat.