As mulheres doloridas
sentem ânsia,
anseiam e sentem.
Têm na graça
a ironia de não ha terem.
Ficam pálidas e imóveis
jurando ser a última vez.
Úmidas talvez
entre os móveis
elas deixam que entrem.
Entre poucas opções,
entrem...
Graciosas como bailarinas,
movimentam-se freneticamente,
esticam-se,
contraem-se,
enroscam-se,
abrem-se...
Tudo pára de repente.
A valsa acabou.
A bailarina enxuga o suor
e o gozo alheio
vê um passo não ensaiado,
e fecha as pernas em meio ao estertor.
Kat
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